Após assistir ao programa "Por Toda a Minha Vida" com o RPM, me deparei com um disco que há muito tempo não tinha sequer na mente: "Quatro Coiotes". E como se tratava de um disco obscuro comercialmente, logo veio a expressão "era um disco experimental". Ai pensei cá com meus botões: cada disco não é um experimento?
Comecei a puxar pela memória outros discos que levaram (justamente ou não esse rótulo.)
Vamos começar pelo óbvio. A Legião lançava em 1991 o disco "V". Segundo reportagens logo após a morte de Renato, esse era o disco até então menos vendido. Foi considerado experimental , por colocar musicas longas que não era exatamente um "Faroeste Cabloco 2" e não tinha músicas tão chicletes como "Pais e Filhos". Nessa mesma época o Ira! lança "Psicoacustica" outro disco "dificil" mas que os anos trataram (pelo menos para mim) de torna-lo fácil e muito bom de se ouvir.
Mas ninguém levou melhor e apanhou melhor desse rótulo do que os Paralamas do Sucesso. Após o enorme sucesso do disco "Big Bang" com o hit "Lanterna dos Afogados", eles lançam o injsutissadíssimo (palavras desse que vos escreve) "Os Grãos". Ele trazia dois sucessos: "Track Track" e "Tendo a Lua" músicas bem ao estilo Paralamas e nada experimental, mas o disco não foi bem de vendas. Em seguida o trio faria (ai sim) algo bem experimental. "Severino" era um disco com novas sonoridades letristas mais ousados como Tom zé e de balada mesmo apenas "O Amor Dorme". O disco tambem não decola as vendagens e os Paralamas ressurgem tal fênix com o disco ao vivo "Vamo Bate Lata".
Seja como for, discos chamados de experimentais sempre merecem uma atenção mais carinhosas, não só pelos fãs mas pelo público em geral. Esses trabalhos podem ( e vão) tornar-se no futuro grandes obras e farão os seus hits.